Paciente que já não caminhava por causa da obesidade conta como o acompanhamento recebido no Ambulatório de Diabetes contribuiu para recuperar a qualidade de vida

Nildo Mario Batista Pereira mora na mesma casa, no Bairro Piratini, há 40 anos - desde que se mudou de Soledade para Santa Cruz do Sul em busca de uma vida melhor. Trabalhando como marceneiro, criou os quatro filhos sozinho: “dois homens e duas mulheres, todos gente de bem, que tem hoje sua família, sua casa e o seu carrinho”, orgulha-se em dizer. Sempre falante e muito ativo, teve sua rotina transformada com  um acidente que o fez ter que parar de trabalhar. Logo depois, a pandemia o segurou ainda mais no sofá de casa. E, assim, veio a obesidade, “a ponto de não conseguir mais caminhar de tão gordo”, lembra - agravando os níveis já alterados de glicemia. A situação só mudou quando Nildo começou a seguir à risca as recomendações recebidas no Ambulatório de Diabetes do Município. 

“Eu estava ruim mesmo. A glicemia nunca baixava de 300 ou 350 mg/dL. Desde que fui encaminhado para tratamento no Ambulatório, o diabetes baixou bastante. Agora, meço todas as manhãs e já não chega mais a 100 mg/dL”, conta ele, que recebe, gratuitamente, todos os meses, as fitas e seringas para medição. No Ambulatório, também tem acesso a consultas médicas com especialista, acompanhamento nutricional e encontros periódicos dos grupos de educação em saúde. “Meus parentes que moram em outras cidades se admiram da saúde daqui, que é muito boa”, afirma, lembrando da triste perda do irmão João Batista Pereira, no ano passado, pela mesma doença. “Se eu fosse comprar todo o remédio que eu tomo, meu salário não chegava”, afirma ele, ao mostrar a receita com a lista de 26 medicamentos indicados, os quais, boa parte, consegue retirar nas farmácias públicas de Santa Cruz do Sul.

“Antes, eu comia qualquer coisa e achava que estava bom. Depois que eu entrei no Ambulatório de Diabetes, com toda a orientação que recebi, eu fui ver que a coisa não é bem assim. Por causa da obesidade, eu não caminhava mais. Agora eu até vou para o centro a pé”, comemora o paciente, que reduziu 12 quilos nos últimos meses, depois de mudar os hábitos de vida ao ser conscientizado pela equipe multiprofissional. “Quero seguir me cuidando para emagrecer e melhorar ainda mais”, garante Nildo que, agora, só fica preso no sofá se for pra assistir televisão na companhia dos netos. 

Ambulatório de Diabetes é referência regional

Por ano, em Santa Cruz do Sul, cerca de 1 mil pessoas recebem atendimento no Ambulatório de Diabetes mantido pela Prefeitura. São feitas consultas de rotina e disponibilizadas canetas ou seringas de insulina e aparelhos de glicosímetro para monitoramento de glicose. Os pacientes são encaminhados pelas unidades de saúde exclusivamente quando são diagnosticados com diabetes do tipo 1 ou com diabetes do tipo 2 descompensado, que é quando a hemoglobina glicada está acima de 9,5% e o uso de insulina persiste há pelo menos três meses sem conseguir ajustar os níveis da glicemia. O Ambulatório dispõe de uma equipe multiprofissional composta por médica, assistente social, nutricionista, psicólogo e equipe da enfermagem - uma proposta diferente que é referência na região. A equipe também promove grupos de apoio para conscientização sobre a doença e educação para a correta adesão dos pacientes ao tratamento prescrito, além de outros atendimentos adicionais.

23 Histórias que Fizeram 2023 

Ao longo deste mês, a Prefeitura estará contando, em textos, fotos e, por vezes, também vídeos, 23 histórias de vidas que foram impactadas pelos diversos serviços oferecidos pelo poder público em 2023, com o objetivo de voltar no tempo para fazer um balanço do ano que passou e planejar as ações futuras. Os conteúdos estão sendo publicados no site e redes sociais da Prefeitura. Acesse aqui: https://www.santacruz.rs.gov.br/noticias/7770/prefeitura-lanca-projeto-para-relembrar-historias-marcantes-de-2023