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23 Histórias: O legado de Dona Conceição Última atualização em, 20 de dezembro de 2023

Foi Dona Conceição quem ensinou: os melhores bolos são os batidos com a bacia apoiada ao colo, e devem ser surrados até cansar. Este foi o legado que a filha, Leila Figueiredo, hoje com 59 anos, aprendeu com a mãe. “Também aprendi com ela a fazer as primeiras bolachas de polvilho e de manteiga”, recorda-se. 




Dona Conceição faleceu no ano passado, aos 94 anos. Moradora do Bairro Arroio Grande, foi lá que criou suas duas filhas como uma boa dona de casa, já que o esposo, Antônio, trabalhava em uma concessionária de rodovia e sua função era cuidar de Leila e da irmã mais velha, Neide. 


Há quatro anos, pouco antes do período de pandemia, Leila resolveu colocar em prática as habilidades absorvidas da mãe e abriu uma cafeteria e confeitaria bem no centro da cidade, na via principal. E o nome escolhido tem tudo a ver com o que ela tanto praticou em casa sob os olhos da matriarca: Dona Boleira. “Fazer bolo era só um hobby, nunca imaginei que ia virar um negócio”, conta.




Leila começou muito bem mas, com a chegada daquele vírus que espantou meio mundo, em 2020, teve que se transformar. O que seria um lugar em que as pessoas poderiam sentir juntas o aroma dos cafés, com o chamado distanciamento social, Leila passou a repensar. "Por sugestão de uma funcionária minha, começamos a preparar marmitas delivery, e deu super certo, mas sem deixar de fazer bolos”, afirma Leila. 


Pois em 2024, a filha de dona Conceição vai dar um salto a mais. Além de bolos, tortas, salgados e rocamboles, o lugar que oferece coquetéis até em saraus e encontros de escritores santa-cruzenses, agora terá a segunda transformação. “Nossa ideia é continuar oferecendo tudo isso, mais o buffet no almoço”, explicou.


Para tornar seu projeto possível, Leila procurou o auxílio da prefeitura, através do Banco do Povo, órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo, que tem o propósito de oferecer microcréditos a empreendedores locais que querem abrir ou expandir seus negócios, oferecendo créditos financeiros. “Fui lá, encaminhei os papéis, foi muito rápido e sem burocracia. Este apoio foi fundamental para eu poder colocar em prática o que planejo para o restaurante”, afirmou. 


Quem pode acionar o Banco do Povo


O Banco do Povo localiza-se no Parque da Oktoberfest, e tanto pessoas físicas como jurídicas podem  solicitar programas de microcréditos no órgão. Só neste ano, cerca de R$ 4, 6 milhões foram movimentados, e 204 empreendedores contemplados. Nos últimos três anos, foram disponibilizados cerca de R$ 20 milhões, repassados entre 788 empreendedores. Mais informações sobre o serviço podem ser obtidas pelo telefone (51) 3713-1288.


Leila transformou seu negócio no período de pandemia e, com o auxílio da prefeitura, vai ampliar o empreendimento em 2024

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