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Prefeitura mantém trabalho de atendimento a moradores de rua Última atualização em, 08 de novembro de 2023

Santa Cruz do Sul dispõe de uma bem estruturada rede de acolhimento e atenção a pessoas em situação de vulnerabilidade social. Este trabalho também se estende ao atendimento de moradores de rua. Através da iniciativa Abordagem Social, a Secretaria de Desenvolvimento Social busca interagir com esse grupo de indivíduos, disponibilizando uma série de serviços municipais que podem representar a porta de entrada em uma nova vida, mais digna e longe das ruas.


Durante essas intervenções, realizadas diariamente no território municipal, pessoas em situação de rua são convidadas a utilizarem o Albergue Municipal. Nas interações, é feita a identificação dos indivíduos, o levantamento de suas necessidades e possíveis encaminhamentos, além de averiguação do histórico familiar e possível estrutura de apoio.  


A secretária de Desenvolvimento Social, Roberta Pereira, destaca que o serviço promove a escuta, acolhida e o direcionamento desses indivíduos à rede de proteção do município. Muitas vezes, ela diz, são indivíduos que possuem família e residência, mas que, em virtude do vício em álcool e drogas, optam pelas ruas. “É um trabalho diário e, em muitas oportunidades, as pessoas são abordadas várias vezes, até que aceitam ajuda, ir para o albergue e receber o atendimento com os nossos técnicos”, explicou.


Além do Albergue Municipal, são colocados à disposição serviços de saúde (CAPS, Atenção Básica, CEMAS, Consultório de Rua e Redução de Danos, entre outros) e as refeições da cozinha comunitária (quando o Albergue Municipal não funciona diurnamente). A Abordagem Social também ajuda no encaminhamento da segunda via da documentação pessoal.“O nosso albergue oferece uma mínima condição de dignidade, com alimentação e um lugar para dormir com segurança e conforto”, afirma a secretária.


Entretanto, frisa Roberta, a estrutura não é um espaço para permanência definitiva. “O albergue é para ser um recurso de transição, para atender pessoas em situação de rua, muitas vezes alguém que veio para a cidade e não é daqui. Nesse caso, o indivíduo vai pernoitar e depois voltar para a sua cidade”, exemplificou. 


As abordagens concentram-se principalmente na zona central. A maioria dos identificados são homens adultos, com idade entre 18 a 59 anos, com a presença de mulheres e pessoas idosas em menor escala. Dentre os indivíduos abordados, a maior parte faz uso de bebidas alcoólicas ou outras drogas. Roberta também destaca que nas abordagens recentes não houve a identificação de criança e adolescentes – quando isso ocorre, o Conselho Tutelar é acionado.


As ações de Abordagem Social tem a participação de educadores sociais, e eventualmente tem o acompanhamento de um psicólogo ou assistente social do Centro de Referência Especializado de Assistência Social (CREAS). Em determinadas ocasiões, o trabalho também conta com a presença da Guarda Municipal. “Algumas indivíduos não aceitam a abordagem e já  ocorreram situações em que a pessoa apresentou postura agressiva contra a equipe”, justifica.


Conforme o titular da Secretaria de Segurança e Mobilidade Urbana (Sesmob), Valmir José dos Reis, a participação da Guarda Municipal nas intervenções busca garantir que a Abordagem Social consiga cumprir seu papel de forma efetiva, identificando e atendendo as pessoas em situação de rua.


Reis ainda destaca que a Guarda Municipal mantém rondas de patrulhamento diário pelas ruas e praças da cidade e intervém sempre que são identificadas situações suspeitas ou denúncias.

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