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Com média de 400 chamados mensais, Samu completa 15 anos em Santa Cruz Última atualização em, 08 de novembro de 2023

Ao sair do banho em uma manhã deste outubro, dona Itanira Aguirre Porciúncula, de 76 anos, não conseguia se mover. Ficou paralisada no meio da sala e chamou pela filha. Ao presenciar a cena, Daniela, que conhece o histórico de problemas de coluna da mãe, não pensou duas vezes. Pegou o telefone e chamou pelo 192. Minutos depois, socorristas do Samu chegaram ao Bairro Avenida, de Santa Cruz do Sul, realizaram o atendimento e levaram a paciente até o Pronto Atendimento do Hospital Santa Cruz. “Já conheço o trabalho do Samu e sei da capacidade que esses profissionais têm para auxiliar quando a gente precisa. Eles chegaram muito rápidos para atender minha mãe, foram cuidadosos, deixando ela segura, passando confiança, foram muito eficientes”, disse ela, ao enviar um e-mail de gratidão para o setor de Ouvidoria, da Secretaria Municipal de Saúde. 


Pedidos de ajuda semelhantes ao de Daniela somam em média 400 por mês, no Samu do município, pelos mais diferentes motivos. Acidentes de trânsito, situações de afogamentos, choques elétricos, acidente vascular cerebral, hipoglicemias, queda de altura, problemas cardiológicos estão entre os casos. Nessa semana, mais precisamente em 17 de outubro, o Samu completa 15 anos de atuação no município e incontáveis as vidas salvas pelos profissionais de saúde. 


Quem presenciou muitas dessas vidas que, digamos, deram a volta por cima graças ao empenho dos socorristas, é a enfermeira Ivete Kirchhof Preussler. Atuando desde o primeiro dia em que o Samu passou a atuar na cidade, ela que tem pós-graduação em urgência e emergência, e diversos cursos de capacitação realizados em sua carreira, relembra alguns dos chamados que já atendeu. “Teve uma situação, nunca mais esqueci. Era 24 de dezembro, véspera de natal, e um menino de 14 anos, que estava cortando grama, teve um choque elétrico e parada cardíaca. A gente chegou, conseguiu reverter e o menino não ficou com sequela alguma. Isso é uma coisa que não tem preço para nós, enquanto profissionais de saúde”, conta. 


Também atuando na equipe desde o início, o agora coordenador médico da unidade, José Undeternack de Vasconcelos, conhecido como doutor Vasco, com experiência de 47 anos como profissional da área, e natural de Candelária, escolheu Santa Cruz para trabalhar junto ao Samu. “Na época que iniciamos tínhamos uma boa estrutura e fomos comprando os equipamentos aos poucos. Fomos aprendendo a trabalhar na prática. Hoje temos uma ótima estrutura de trabalho e uma equipe bem qualificada para atender as mais diferentes situações que se apresentam no dia a dia”, afirmou. 


A coordenadora do SAMU,  Simone Werlang,  explica que a regulação do órgão é feita pelo Estado, mas que o município investe em materiais e equipamentos para oferecer a melhor condição possível aos profissionais de saúde que atuam como socorristas.


O vice-prefeito e secretário de Saúde, Elstor Desbessell, salienta que o município tem um olhar muito atento, para dar suporte tanto em infraestrutura como na qualificação dos profissionais. “Nossa gestão não mede esforços para termos uma estrutura que ofereça qualidade no atendimento e segurança para nossos socorristas realizarem um bom trabalho. São profissionais de saúde que trabalham com vidas em situação de urgência e emergência, por isso nossa secretaria trata o assunto com seriedade e comprometimento,  dando a eles todas ascondições necessárias para que nossa população seja bem atendida ”, garantiu.

 

A estrutura


O Samu conta com duas ambulâncias, uma com estrutura avançada, e outra básica.  Também dispõe de uma motolância, para realizar o primeiro atendimento em caso de necessidade. A equipe é formada por médicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e condutores. A média de atendimento é de 400 ao mês.


Motolância


Com 20 anos de experiência no Samu, tendo atuado cinco em outro município, Anderson  Adriano Graebner também integra a equipe de socorristas. Ele é o condutor da motolância. Ele tem formação de técnico em enfermagem, e já realizou diversas capacitações oferecidas via Ministério de Saúde, e relembra alguns casos em que já atuou.  “A moto sai na frente para chegar em um tempo menor na cena para fazer o primeiro atendimento. Teve uma situação de um afogamento de uma criança. Chegamos no local, e a mãe já não sabia o que fazer, jogava a criança para cima, e a mãe estava desesperada por ter deixado a criança perto da piscina. Fizemos as manobras e conseguimos fazer com que ela voltasse a respirar normalmente. E nos outros dias o pai veio agradecer. Era um fazendeiro, e queria fazer uma festa para nós”, conta.


Coordenadora Simone, de blusa preta listrada, com uma das equipes do Samu


Vasco, Ivete e Clóvis Zilch:  equipe atua desde o início do Samu em Santa Cruz, em 17 de outubro de 2008


Equipes são compostas por médicos, técnicos de enfermagem, enfermeiros e condutores


Anderson: veículo motolância chega mais rápido para socorrer vítimas e profissional realiza o primeiro atendimento

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