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Farmácias públicas prestaram 4,5 mil atendimentos a mais neste ano em relação ao mesmo período do ano passado Última atualização em, 17 de agosto de 2023

Remédios para tratar colesterol, depressão, ansiedade, hipertensão e gastrite são os mais procurados no município 

 

Dados levantados pela Secretaria Municipal da Saúde mostram aumento considerável no número de atendimentos realizados pelas farmácias municipais e estadual em Santa Cruz do Sul. Somente neste ano, de janeiro a julho, 184,4 mil prescrições de medicamentos já foram dispensadas à população local - um aumento de 4,5 mil atendimentos em relação ao mesmo período do ano passado. Os remédios mais procurados são Sinvastatina, Fluoxetina, Losartana Potássica, Amitriptilina e Omeprazol, o que demonstra que os hábitos de vida podem estar influenciando na incidência de doenças que, consequentemente, demandam o uso de medicações para tratar problemas de saúde física e mental. 

 

Município investiu 20% a mais em medicamentos

 

De janeiro a julho, foram destinados R$ 1,48 milhão às farmácias municipais, que são mantidas pela Prefeitura. São cerca de R$ 212,6 mil por mês - um aumento de 20% em relação ao ano passado, quando o Município investiu, em média, R$ 176,3 mil mensais na compra de medicamentos. 

 

De acordo com o vice-prefeito e secretário municipal da Saúde, Elstor Desbessell, os números refletem que o poder público dedica cada vez mais esforços para cuidar da saúde da população, investindo recursos altos para que os remédios não venham a faltar. Ele avalia, no entanto, que apesar de as medicações serem extremamente importantes para a saúde, são fundamentais também as ações de prevenção, incentivadas por meio de políticas públicas. 

 

“Além de oferecer aos santa-cruzenses os medicamentos necessários, conforme prescrições médicas, nossas unidades de saúde vêm trabalhando em grupos de apoio e campanhas de conscientização que priorizam uma alimentação balanceada, atividades físicas e um estilo de vida que melhore tanto a saúde física quanto a saúde mental”, pontua o secretário de Saúde. Elstor ainda recomenda à população que aposte na prevenção como forma eficaz para evitar a incidência das condições de saúde que requerem tratamento medicamentoso. 

 

Descentralização facilita acesso 

 

Em Santa Cruz do Sul, há cinco farmácias municipais - Central, Zona Sul, Móvel, 3 Coqueiros, Miguel Weiss - e ainda a Farmácia de Medicamentos Especiais (conhecida como Farmácia do Estado) que oferta medicações de alto custo, para doenças raras e de uso crônico. No ano passado, juntas, elas prestaram 309,2 mil atendimentos - cada uma dispensando os fármacos que lhes competem conforme determina a legislação. 

 

Entre as que tiveram maior aumento na procura neste último ano estão a Farmácia Distrital Miguel Weiss, localizada em Monte Alverne, e a Farmácia Móvel, que leva medicamentos às unidades de saúde do interior do município. 

 

Esta maior demanda nas unidades descentralizadas demonstra mais facilidade de acesso aos medicamentos, conforme explica a coordenadora das farmácias públicas no município, farmacêutica Julia Willrich: “As farmácias municipais aumentaram a dispensação nas unidades distritais e as pessoas estão começando a descobrir que o medicamento está mais perto das suas casas e que, com isso, conseguem o acesso mais fácil sem precisar vir até o centro, que é onde tem mais movimento”. 

 

Hábitos de vida e envelhecimento populacional influenciam o cenário 

 

Os medicamentos mais procurados nas farmácias públicas de Santa Cruz do Sul, de modo geral, são usados para controle e tratamento de comorbidades relacionadas ao colesterol, hipertensão arterial, úlceras gástricas, depressão e ansiedade. Na avaliação da médica do Município Graziela Melz, esta é uma situação que, conforme diversos estudos, reflete uma realidade nacional decorrente da maior expectativa de vida da população: “a questão do aumento de uso de medicamentos pode estar relacionada ao envelhecimento, porque pessoas mais idosas tendem a usar mais medicações”. Em relação aos antidepressivos, ela avalia que a interação social, hábitos alimentares e atividades físicas interferem diretamente e a pandemia de Covid-19 pode ter trazido impactos.

 

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