Santa Jam chegou à 22ª edição com dois dias de programação gratuita que celebraram a força da cultura de rua em Santa Cruz do Sul
A energia da cultura Hip Hop tomou conta dos espaços públicos de Santa Cruz do Sul neste final de semana, durante a 22ª edição da Santa Jam, realizada nos dias 6 e 7 de dezembro. Um dos eventos independentes mais tradicionais do gênero no Rio Grande do Sul, a Santa Jam reuniu, de forma totalmente gratuita, elementos que sustentam e movimentam a cena urbana: DJs, MCs, batalhas, dança, grafite, poesia, feira criativa e oficinas.
Organizado pelo Ateliê Vivências Urbanas (AVU), com apoio da Prefeitura, voluntários e instituições parceiras, o evento reforça o compromisso de aproximar a comunidade do Hip Hop por meio de trocas, vivências e formação artística, estimulando a circulação da cultura de rua e fortalecendo o protagonismo da juventude nos territórios urbanos.
No sábado (06), a Santa Jam ocupou a Praça da Passarela, no bairro Arroio Grande. No domingo (07), foi a vez da Praça da Cultura, no Centro, receber a programação. Durante os dois dias, quem passou pelos espaços pôde acompanhar uma cena vibrante, com murais de grafite ganhando cor ao vivo, shows e apresentações de MCs, intervenções de poesia, feira criativa com empreendedores locais, batalhas de dança, batalhas de rima e performances de malabarismo urbano.
A troca também foi ampliada pela presença de artistas e coletivos de várias cidades, como Viamão, Porto Alegre, Florianópolis, Caxias do Sul, Lajeado, Passo Fundo, Rio Pardo, entre outras, fortalecendo a circulação da cultura Hip Hop no Sul do país.
Idealizador e organizador da Santa Jam, o artista Digo Tibano reforça que o evento segue firme na missão de manter vivos os fundamentos do Hip Hop: “A Santa Jam sempre carrega os pilares que sustentam o Hip Hop: a dança, o grafite, o DJ, o MC e o conhecimento. E o conhecimento é o que amarra tudo, porque não basta só executar; a gente precisa fazer com que as pessoas entendam o que está acontecendo, né? É sobre diálogo, troca e consciência”.
Para Digo, o evento reafirma a importância de manter a cultura Hip Hop cada vez mais viva, garantindo acesso gratuito à arte urbana e fortalecendo a cena cultural de Santa Cruz do Sul. Ele destaca que esta edição deu ainda mais visibilidade aos elementos que compõem a cultura: “Hoje é uma celebração completa de todos os elementos, com batalhas programadas, shows e ações que aproximam o público da essência do movimento”.
Foto: Claudine Friedrich
