Esta segunda-feira, 8, começou com trabalho intensivo dos agentes municipais de combate a endemias atuantes em Santa Cruz do Sul. Isso porque, pelas altas precipitações de chuvas dos últimos dias, que favorecem a proliferação do Aedes aegypti, os cuidados com a dengue têm que ser redobrados - tanto pelas inspeções do poder público quanto pelas atitudes da população. 

É o que informa a agente municipal de combate a endemias Daniela Silveira Lopes, que trabalhou nesta manhã na eliminação da água parada e coleta de larvas encontradas em vasos de plantas no Cemitério Municipal. Ela detalha que a atenção com o acúmulo de água precisa continuar no outono e no inverno, já que as larvas podem permanecer ativas por até um ano e meio nos locais onde são depositadas e, mesmo com as baixas temperaturas, a reprodução do mosquito não cessa. “Das águas paradas das últimas chuvas já devem começar a nascer mosquitos nos próximos dias e isso é preocupante, porque a proliferação está sendo muito rápida e as larvas que encontramos estão positivando bastante para o Aedes”, relata. Hoje, o município contabiliza 51 casos positivos para a doença.

Em pontos estratégicos, onde a chance de haver água parada é mais alta - como cemitérios, floriculturas, sucatas e borracharias -, as vistorias dos agentes são feitas de 15 em 15 dias. A fiscalização nas residências e demais locais públicos é contínua, a fim de evitar que a dengue se alastre na cidade. Atualmente, são 12 agentes de combate a endemias contratados pela Secretaria Municipal da Saúde para realizar esses serviços, mas a Prefeitura busca aumentar esse contingente de profissionais para poder otimizar as inspeções. 

Além de atuarem na eliminação do Aedes, os agentes mantêm contato direto com a população a fim de conscientizar sobre as atitudes individuais necessárias para a prevenção das doenças infecciosas. Uma das principais iniciativas é o Quintal da Dengue - projeto do Departamento de Vigilância e Ações em Saúde, lançado em outubro do ano passado, que visa a informar crianças e adolescentes, de forma lúdica, sobre a importância da limpeza de caixas d’água, pratos de animais domésticos, vasos de plantas e demais recipientes que ficam nos pátios e podem acumular água.