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Em segundo ano de atuação, iniciativa auxilia alunos com deficiência e necessidades educacionais especiais na rede municipal Última atualização em, 27 de abril de 2023

Convênio assinado com a Associação Pró-Ensino em Santa Cruz do Sul (Apesc) está permitindo, pelo segundo ano consecutivo, a seleção de estudantes universitários para estágio remunerado no Projeto Escola Inclusiva (PEI). A iniciativa da Administração Municipal garante acompanhamento no ambiente escolar para alunos com algum tipo de deficiência e Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

A supervisora educacional da Secretaria Municipal de Educação, Mara Núbia Sandim, esclarece que os estagiários desempenham jornadas de quatro horas diárias, assessorando os professores na rotina da sala de aula e auxiliando os alunos em práticas cotidianas, como alimentação, locomoção e higiene.

 

Conforme Mara Núbia, a medida é destinada aos estudantes com deficiência ou TEA que precisam de acompanhamento mais individualizado. “O trabalho é definido de acordo com a necessidade e perfil dos alunos atendidos”, esclarece.

 

A responsabilidade do estagiário inclui, ainda, atuar na realização do desenvolvimento de atividades pedagógicas em sala de aula e no acompanhamento em demais atividades na escola (merenda e recreio, entre outras). “O estagiário acompanha algumas tarefas pedagógicas que o professor planeja e orienta, auxiliando os estudantes com deficiência no processo de interação social e aprendizagem”, explica Mara Núbia. 

 

A prefeita Helena Hermany lembra que sua gestão está empenhada em implementar políticas inclusivas. No último dia 20, o Governo Municipal anunciou o Centro de Atendimento ao Autista. A estrutura deve entrar em funcionamento em 60 dias. “Temos uma preocupação genuína com essas crianças e jovens, com o seu desenvolvimento e sua inserção na sociedade. A escola é uma etapa importante da vida, e acolher essas pessoas da melhor forma possível, para que alcancem todo o seu potencial, será sempre alvo do nosso esforço e atenção”, ressalta.

 

O secretário de Educação, Wagner Machado, destaca que o projeto é um investimento da Administração Municipal em formação e educação. “Garantimos atendimento de excelência aos alunos da rede municipal e oportunidade ímpar de qualificação aos acadêmicos da Unisc, que certamente levarão para vida pessoal e profissional esta experiência”, afirma.

 

Dos 74 estagiários necessários na rede municipal de ensino, 71 já foram encaminhados às escolas. A Unisc, que é mantida pela Apesc, é responsável pela seleção, contratação e qualificação dos universitários que atuam no projeto. Além disso, também realiza reuniões pedagógicas periódicas para o acompanhamento do desenvolvimento das atividades dos estagiários junto às escolas.

 

As vagas têm sido preenchidas por estudantes dos cursos de licenciaturas e de Psicologia. A coordenadora do PEI, especialista em Educação Especial e mestre em Educação Carla Lavínia Pacheco da Rosa, elogia a parceria. “É uma grande iniciativa da municipalidade propor e implementar esse projeto com a universidade”, salienta.

 

Ela explica que a participação no projeto qualifica os estagiários para trabalharem com a temática da inclusão em suas futuras profissões. 

 

O estágio é supervisionado e recebe acompanhamento permanente através de ferramentas diversas como sala virtual, cursos e palestras. A coordenadora pedagógica da Unisc na formação dos estagiários, educadora Especial e doutora em Educação, Cleidi Lovatto Pires, comenta que a comunidade em geral – estudantes, famílias e escolas – começa a conhecer melhor a proposta do trabalho. As avaliações com os públicos envolvidos no primeiro ano de projeto indicaram oportunidades de melhoria mas, principalmente, um retorno bastante positivo para a continuidade do trabalho. “Estamos pensando na criança e na formação dos futuros profissionais, para que possam atuar de forma qualificada”, explica.

 

Aluno do quinto semestre do curso de Psicologia da Unisc, João Medeiros, 20 anos, está atuando na E.M.E.F. Menino Deus. Ele acompanha um menino com Transtorno do Espectro Autista de oito anos, no primeiro ano do ensino fundamental. A possibilidade de ter uma interação prática com os conteúdos da graduação foi um dos atrativos para buscar a vaga no projeto. 

 

Em sua terceira semana de atividades, ele está bastante entusiasmado com a experiência. “Estou aprendendo muito e vendo muitas situações que são abordadas nas disciplinas do curso”, relata. Além disso, João destaca como positivas as oportunidades de auxiliar a professora e interagir com o aluno. “Tem dias mais fáceis, outros mais difíceis. Mas é uma ação importante para oportunizar situações de aprendizagens significativas para o aluno em processo de inclusão”, avalia.

 

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