A capela do antigo Santuário de Schoenstatt, localizado às margens da BR-471, em Santa Cruz do Sul, acaba de ser oficialmente reconhecida como bem integrante do patrimônio histórico, cultural, religioso e turístico do município. A medida foi formalizada por meio de decreto assinado pelo prefeito Sérgio Moraes no início deste mês, a partir de projeto de lei de autoria do vereador Edson Azeredo, líder de Governo na Câmara.
O reconhecimento do valor histórico do local foi celebrado na manhã desta terça-feira, 8 de julho, durante reunião entre o prefeito Sérgio Moraes, o vice-prefeito Alex Knak e representantes da Associação Mãe Rainha, entidade fundada em 2022 com o objetivo de preservar o antigo santuário. Na ocasião, a Associação agradeceu ao governo municipal e formalizou o pedido de cessão da estrutura física do espaço, com o intuito de promover reformas e garantir a devida conservação.
Envolvido desde os primeiros movimentos em defesa do antigo Santuário, o presidente da Associação, Ruy Alberto Kaercher, lembrou a preocupação inicial e comemorou os avanços: “Foi um choque, anteriormente, quando recebemos a notícia de que o local poderia ser desativado. Chegamos a saber que havia a intenção de demolição. Agora, como patrimônio histórico, nossa proposta é revitalizar a capela, fazendo as reformas necessárias”.
O vice-prefeito Alex Knak, que articulou a reunião, também destacou a importância do momento. “É uma forma de marcar a história do município. Quando meu pai faleceu, buscamos paz e conforto no Santuário. Minha mãe é devota e ficou muito decepcionada com o fechamento. Que bom que agora estamos comemorando”, disse.
A reunião foi solicitada pelo vereador Edson Azeredo, que agradeceu ao prefeito e ao vice pela receptividade. “Não queremos que este espaço se perca. Vamos trabalhar para captar recursos e manter viva essa história que representa tanto para a comunidade”, afirmou.
Em maio de 2023, um novo santuário foi inaugurado no centro da cidade, depois que as Irmãs de Maria, mantenedoras legais do antigo local, entenderam que a estrutura já não atendia mais à missão do movimento. Desde então, o espaço passou a abrigar a Escola Municipal de Educação Infantil Mãe de Deus e projetos sociais mantidos pela Associação de Projeto Educacional e Social para Crianças e Adolescentes (Aesca).
Ao sinalizar abertura à possibilidade de cedência do local à Associação, o prefeito ponderou que a iniciativa precisa ser cuidadosamente analisada sob o ponto de vista legal. Durante a reunião, também foi debatida a possibilidade de incluir o antigo santuário em um futuro roteiro turístico religioso, com resgate e valorização de igrejas históricas do município, que está sendo estruturado pela Prefeitura.
