Teve início nesta quinta-feira, dia 9, na Universidade de Santa Cruz do Sul, uma capacitação para os 25 novos assistentes de apoio escolar, classificados em processo seletivo simplificado e chamados para atuar na Prefeitura de Santa Cruz do Sul junto à rede municipal de ensino. O cargo, criado pelo município e aprovado pela Câmara de Vereadores, irá suprir a crescente demanda por atendimento a alunos com deficiência matriculados nas escolas.
A preparação para os profissionais que irão atuar no acompanhamento de alunos autistas e com outras deficiências segue nesta sexta-feira, 9, e acontece por meio de uma parceria entre a prefeitura e a universidade. Durante a formação, com duração de 20 horas, estão sendo abordados conteúdos como as atribuições do cargo, a relação entre o assistente de apoio escolar e o professor, o papel de cada um, as diferentes deficiências como TEA, TOD, TDH, Síndrome de Dow, alimentação, a Lei Lucas que trata sobre os primeiros socorros em caso do acidentes, entre outros temas pertinentes.
Atualmente em torno de 75 estagiários da Unisc, entre licenciandos e graduandos da psicologia, atuam nos educandários por meio do Programa de Educação Inclusiva (PEI). Agora os 25 novos assistentes de apoio escolar irão reforçar esse contingente. “Esse cargo foi criado tendo em vista a extrema necessidade que as escolas têm de ter um profissional dentro da rede para apoiar as crianças com deficiência. Precisamos de pessoas do quadro para realizar este trabalho e nossa ideia é mais adiante fazer um concurso público dentro dessa área”, explicou a chefe de Divisão Administrativa e Pedagógica das Emefs, Aline Andreolli.
Nas escolas municipais de Ensino Fundamental os assistentes de apoio serão responsáveis por dar suporte e auxiliar os estudantes com deficiência nas atividades de sala de aula, questões de higiene, alimentação e locomoção. Alguns já começaram a trabalhar nas escolas, enquanto outros aguardam a conclusão dos trâmites para a contratação. “Acreditamos que até o final da próxima semana já estaremos com todos atuando dentro das escolas”, disse Aline.
De acordo com a professora Cleidi Lovatto Pires, uma das profissionais que ministra a formação, a política de inclusão existente há mais de duas décadas vem orientando para a inserção nas escolas, o que consequentemente resulta em um aumento de matrículas e na necessidade de conhecimentos específicos para atender a demanda. “O assistente de apoio escolar chega para qualificar o estar da criança dentro da sala de aula, caso contrário ela seria apenas mais uma matrícula. Com mais apoio, cuidado, acompanhamento, elas passam a estar no ambiente escolar interagindo nos momentos de educação física, hora das refeições, nos passeios e no desenvolvimento das atividades em sala de aula”, explicou.