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INFORMAÇÕES GERAIS
Santa Cruz do Sul é a quinta economia do Estado e uma das dez maiores cidades do Rio Grande do Sul. Com pouco mais de 126 mil habitantes, segundo estimativa do IBGE/2010, o município está localizado no Vale do Rio Pardo, na região central do Rio Grande do Sul, a apenas 155 quilômetros de Porto Alegre. Tem como vizinhos os municípios de Passo do Sobrado, Venâncio Aires, Sinimbu, Vera Cruz e Rio Pardo, com acesso pela BR 116, BR 386 e pela RSC 287.
O relevo do município é composto por áreas levemente onduladas ao Sul, vales, morros e elevações maiores, originadas dos primeiros contrafortes da Serra Geral. Apresenta altitude média de 122m do nível do mar e o clima é subtropical temperado, com temperaturas médias de 19ºC, máxima de 42ºC e mínima de 5º C. As chuvas caem entre 100 e 126 dias ao ano, com precipitações de 1300 a 1800 mm. Possui uma área total de 794,49 km², sendo 156,96 km² de área urbana, dividida em 36 bairros, e 637,53 km² de área rural.
De acordo com a Fundação de Economia e Estatística (FEE) e o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Santa Cruz do Sul saltou da oitava posição em 2013 para a quinta posição em 2014 no ranking estadual do Produto Interno Bruto (PIB). O desempenho econômico aponta crescimento de 19,05%, bem superior ao aumento nominal de 7,7% do Estado.
Polo mundial da indústria fumageira, o Município tem no tabaco sua principal fonte de receita, emprego e renda. Segundo dados da Afubra, referentes ao Diagnóstico Sócio-econômico das Propriedades Fumicultoras (2014/2015), atualmente são 2,6 mil proprietários e 3,4 mil famílias envolvidas com essa cultura, em propriedades com um tamanho médio de 12,7 hectares.
Embora o setor do tabaco represente uma fatia significativa no bolo industrial, a diversificação já é uma realidade crescente no Município. Destacam-se indústrias do setor alimentício, metalúrgico e farmacêutico.
As dez maiores empresas em retorno de ICMS para o município no exercício 2016 (ano base 2015) são, em ordem decrescente, Philip Morris Brasil, Universal Leaf Tabacos, Souza Cruz, JTI, Premium Tabacos do Brasil, Genésio A. Mendes, Metalúrgica Mor, Mercur, ATC e Excelsior Alimentos.
Das cerca de 600 indústrias instaladas, grande parte opera às margens das rodovias que cortam o município, facilitando a logística de mercadorias. A que mais reúne empreendimentos é a BR 471, estrada que dá acesso à vizinha Rio Pardo e é caminho para o Porto de Rio Grande, Região Metropolitana e Fronteira Oeste. As principais companhias de Santa Cruz do Sul – em especial as fumageiras – estão no Distrito Industrial. Próximo está o Distrito Industrial II, voltado a empresas de médio porte. Já no extremo oeste fica o Berçário Industrial, incubadora de pequenos negócios que recebem auxílio do poder público nos primeiros anos de atividades.
A expansão do setor industrial em Santa Cruz do Sul, somada a sua localização no centro do Estado, com acesso fácil a todas as regiões, incluindo países do Cone Sul, fez surgir um movimento pela implantação de uma plataforma logística, espécie de porto seco. O poder público municipal, em parceria com entidades lideradas pela Associação Santa Cruz Novos Rumos (Ascnor) buscou uma consultoria especializada para prospectar investidores e desenvolver um projeto.
Atualmente está em fase de licenciamento ambiental, projeto para construção de um crematório que vai atender a demanda de vários municípios e cobrir toda a região dos vales do Rio Pardo e Taquari. À frente do negócio está o Grupo Diersmann, que este ano trouxe para Santa Cruz do Sul três novos empreendimentos.
Já no incentivo dos pequenos empresários, a Prefeitura tem trabalhado fortemente. Através do Banco do Povo mais de R$ 10 milhões foram liberados para micro e pequenos empreendedores nos últimos quatro anos, fomentando uma infinidade de negócios nos mais diferentes segmentos, como vestuário, estética e cabeleireira, pedreiros e pintores, lancherias em geral, fabricação de móveis, lojas na área da informática, fotógrafos, transporte escolar, paisagismo, esquadrias de metais, confeitarias, produção musical, mecânicos de automóveis, sonorização, entre outros.
Segundo matéria publicada na Revista Exame, de agosto de 2016, Santa Cruz do Sul é o segundo município que mais gera emprego no Brasil. E, de acordo com o Departamento de Economia e Estatística do Sindicato de Habitação do Rio Grande do Sul, está entre os melhores do Estado para se investir e viver.
Sem perder as características de uma pacata cidade do interior, Santa Cruz do Sul tem todos os serviços de uma cidade grande em permanente expansão. Hoje o Município é um centro regional em áreas como educação, saúde, comércio e prestação de serviços. Existem mais de 4,5 mil estabelecimentos varejistas localizados na área central, bairros e regiões do interior. Com inquestionável vocação turística, a rede hoteleira, composta por hotéis, motéis e pousadas, tem capacidade para hospedar até duas mil pessoas.
Para quem aprecia uma agenda com viés mais cultural, Santa Cruz do Sul tem muito a oferecer em termos de shows, exposições, peças de teatro e lançamentos de livros. O Teatro Camarim, um dos locais de maior concentração de artistas da cidade, é palco para revelação de talentos, através de suas oficinas de pintura, teatro e música abertas à comunidade. No local também são realizados projetos culturais e espetáculos.
Também o Teatro Mauá, que possui um auditório com capacidade para 500 pessoas, e o auditório central da Unisc, recebem peças teatrais, balés e outros espetáculos durante todo o ano.
Uma grande referência cultural da cidade é a Casa das Artes Regina Simonis, construída em 1920. Como uma grande galeria, o imponente prédio situado na rua principal e que hoje passa por um projeto de revitalização, abriga exposições de pintura e saraus.
Na mesma rua, em frente à Praça da Bandeira, está o Museu do Colégio Mauá, com um acervo superior a 140 mil unidades, em peças arqueológicas, históricas, etnográficas, numismática, ciências naturais, pequena pinacoteca de artistas e coleção de armas.
Já os amantes de uma boa leitura podem encontrar novidades nas quatro bibliotecas que somam juntas um acervo de mais de 111 mil livros. Aliás, em se tratando de literatura, Santa Cruz tem uma das maiores feiras do livro do Rio Grande do Sul. O evento acontece no coração da cidade, em meio a uma aura de romantismo, com as dezenas de bancas de livreiros rodeadas pelo frondoso arvoredo da Praça Getúlio Vargas, sob a imponente fachada da Catedral São João Batista.
Para aliar momentos de lazer e boas compras, dois centros comerciais estão consolidados: o Shopping Santa Cruz e o Shopping Germânia, ambos em áreas nobres da cidade. Salas de cinema – 2D e 3D - praças de alimentação com lanchonetes e restaurantes, jogos eletrônicos, lojas de roupas, artigos esportivos, presentes, joalherias, farmácias e diversos segmentos, além de estacionamentos compõe o mix de opções à disposição dos consumidores.
Na área de educação somos referência. A formação básica pode ser acessada em quatro instituições particulares e outras 66 públicas, tanto da rede estadual como municipal. Nesses estabelecimentos estão 21 mil alunos que têm a oportunidade de aprender e se desenvolver.
No ensino superior três instituições oportunizam uma variedade de cursos presenciais. A Universidade de Santa Cruz do Sul é a maior delas, com 80 cursos de graduação, técnicos, especializações e programas de mestrado e doutorado. Recebe cerca de 10 mil alunos, quase a metade vinda de outras regiões do Estado. Já a Faculdade Dom Alberto oferece bacharelado em Administração, Ciências Contábeis, Direito e Enfermagem.
O Município conta também com um polo da Universidade Estadual do Rio Grande do Sul (Uergs), no qual são oferecidos cursos gratuitos destinados ao desenvolvimento agrícola e pecuário. Ainda estão em funcionamento dois polos universitários com opções de graduação e especialização à distância. Também cursos técnicos e profissionalizantes estão disponíveis em uma dezena de estabelecimentos, com destaque para os conhecidos Senai e Senac.
Com relação aos serviços de saúde ofertados à população, Santa Cruz do Sul possui uma rede completa. São procedimentos de alta complexidade nas mais diversas áreas, serviços de reabilitação e recursos que vão da medicina preventiva às intervenções estéticas. Essa estrutura é composta por três hospitais - Santa Cruz, Ana Nery e Monte Alverne – cerca de 50 consultórios e mais de 220 médicos, dezenas de clínicas, gabinetes odontológicos e laboratórios com aparelhos de última geração.
Sob gestão da Secretaria Municipal de Saúde estão os serviços de Atenção Básica (Agentes Comunitários de Saúde, UBS, ESFs, Cemais, Hospitalzinho, Divisão de Saúde Bucal), serviços de Atenção Especializada (Cemas, Caps II, Capsia, Caps AD, Central de Distribuição de Medicamentos, Central de Marcação/Cartão SUS, Umrest, Cerest/Vales, Unidade de Vigilância Epidemiológica), além dos programas Bem-Me-Quer, Saúde em sua Casa, Primeira Infância Melhor, Prevenção à Violência e Samu.
Na área social, uma ampla rede de atendimento para pessoas em situação de vulnerabilidade, vinculada a Secretaria Municipal de Políticas Públicas (SEPOP), é responsável pelos equipamentos de proteção social básica (Cras e Centros de Convivência), proteção especial e média complexidade (Creas), alta complexidade (Abrigo, Casa da Mulher, Albergue), segurança alimentar (Cozinhas Comunitárias) e Programa de Aquisição de Alimentos do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome. A pasta também responde pelo Bolsa Família, Plantão Social, Banco de Agasalhos e Banco de Móveis.
O Município conta também com um leque de serviços que inclui Delegacia da Polícia Federal, Justiça Federal, outros órgãos do Judiciário, Ministério Público, Previdência Social, Receita Federal, Sistema Nacional do Emprego (SINE) e Fundação Gaúcha do Trabalho e Ação Social (FGTAS) e mais de 20 agências bancárias.
Quando o assunto é qualidade de vida, cabe mencionar que um dos maiores investimentos feitos nos últimos anos ocorreu na área de mobilidade urbana. A acessibilidade está cada vez mais presente, facilitando a locomoção e garantindo a inclusão das pessoas com deficiência. Mais de 400 rampas para cadeirantes foram instaladas no Centro e outras áreas da cidade. Nos cruzamentos das vias mais movimentadas foram construídos avanços de calçada para encurtar a travessia dos pedestres.
Nas calçadas de prédios públicos e de alguns da iniciativa privada, já se pode perceber a existência de piso tátil, facilitando a vida dos deficientes visuais. E segundo a tendência dos países mais desenvolvidos que buscam alternativas para humanizar o trânsito, Santa Cruz do Sul conta hoje com mais de 12 quilômetros de ciclovias espalhadas pela cidade.
Obras de grande porte também contribuíram para melhorar significativamente o trânsito. Convém ressaltar que Santa Cruz do Sul tem hoje uma das médias mais altas do Estado: para cada 1,5 habitante, existe um veículo. A frota, segundo dados do Detran (Jan/2017), é de 86.786 veículos.
Dentro desse cenário, destaque para a municipalização do trecho urbano de 9,4 quilômetros da BR 471, com execução de obras de mobilidade, aguardadas há décadas pela comunidade, como a construção da rotatória do Bom Jesus, local onde eram registrados frequentes acidentes, e do trevo de acesso à Avenida Coronel Oscar Jost.
Também estão em pleno andamento, a revitalização do Acesso Grasel, uma das principais vias de entrada da cidade, com construção de passeio público iluminado e com ajardinamento, e um investimento de R$ 12 milhões em obras de asfaltamento de 20 ruas na área central e nos bairros.
Santa Cruz do Sul dispõe também de um Terminal Rodoviário, com venda de passagens para a capital, cidades do interior e outros estados. Também é possível chegar ao município por via aérea, desembarcando em voos particulares no Aeroporto Luis Beck da Silva, que está inscrito no Programa de Investimentos do Governo Federal para Modernização de Aeroportos. Melhorias como ampliação de pista, balizamento noturno e outras intervenções deverão contribuir para que, em um futuro próximo, o local possa receber também voos comerciais.
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